Os Altos Graus na Maçonaria: Uma Exploração de Seu Simbolismo e História

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A Maçonaria de Altos Graus, uma fascinante ramificação da fraternidade maçônica originária das Ilhas Britânicas, marcou a sua chegada à França antes da metade do século XVIII. Desde então, experimentou um crescimento vigoroso, embora desordenado, moldando significativamente o panorama maçônico através de sua rica tapeçaria de rituais e simbolismos.

Propagação e Desenvolvimento dos Altos Graus

A progressão na Maçonaria não se limita aos três graus simbólicos conhecidos por todos os maçons; ela se estende através de uma série de graus adicionais, frequentemente descritos como “ritos”. Esses ritos, que abrangem um vasto espectro de ensinamentos e práticas, foram introduzidos logo após a consolidação do terceiro grau simbólico pela Grande Loja de Londres.

O Surgimento Histórico

Documentos históricos revelam a existência de graus avançados tão cedo quanto 1725, como evidenciado por uma publicação em Dublin que mencionava termos utilizados nos rituais do Arco Real, o mais antigo dos Altos Graus irlandeses. Este e outros indícios apontam para as Ilhas Britânicas como o berço desses graus místicos.

Expansão e Estruturação na França

Ao chegar à França, os Altos Graus encontraram um terreno fértil para o desenvolvimento. Dentre as diversas manifestações desses graus, destaca-se a fundação da Loja Escocesa de Saint-Édouard em Paris, antes de 1744, que se tornou um centro vital para o desenvolvimento dos Altos Graus sob influências como a Ordem de Heredom de Kilwinning.

A Ordem dos Cavaleiros Escolhidos e Sua Expansão

A Ordem dos Cavaleiros Escolhidos, cujas origens ainda são envoltas em mistério, é notável por sua rápida expansão e pela influência que exerceu na formação de ritos como a “Estrita Observância” na Alemanha e, subsequentemente, no “sistema escocês retificado” na França.

O Papel de Étienne Morin e a Disseminação do Arco Real

Étienne Morin, um nome central na disseminação dos Altos Graus, é conhecido por ter introduzido na França uma versão simplificada do Arco Real, contribuindo para a proliferação e a eventual formalização desses graus na Maçonaria francesa e além.

Consolidação dos Altos Graus

A consolidação dos Altos Graus na França culminou com a formalização do “Rito Francês” pelo Grande Oriente de França em 1786 e a criação do “Rito Escocês Antigo e Aceite”, que definiu um sistema de trinta e três graus, incluindo os três graus simbólicos.

Cavaleirismo Espiritual e Influências Diversas

O desenvolvimento dos Altos Graus reflete uma rica tapeçaria de influências, incluindo o hermetismo, a cabala e o espiritualismo, oferecendo aos maçons caminhos para aprofundar a experiência espiritual e moral dos três primeiros graus.

A Maçonaria Hoje: Continuidade e Renovação

Nos dias de hoje, a Maçonaria de Altos Graus continua sendo uma parte vital da jornada maçônica, oferecendo um caminho para uma compreensão mais profunda e espiritual da vida. Cada rito, com suas características únicas, oferece aos maçons modernos uma rica oportunidade de crescimento pessoal e comunitário, perpetuando os ideais de fraternidade, moralidade e iluminação.

Em resumo, os Altos Graus da Maçonaria não apenas enriquecem o tecido da fraternidade maçônica com sua diversidade e profundidade, mas também servem como uma ponte para o entendimento mais profundo da natureza humana e do cosmos, mantendo viva a chama do conhecimento esotérico através das eras.




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